22 de dezembro de 2009

Natal Cristão - Adaptação #1

Estamos em época de Natal. Pessoas como loucas andando pelas ruas, comprando presentes aos embalos do Papai Noel. Mas, ao contrário do que poderiam imaginar, não falarei do consumismo desenfreado da época, que alias é uma grande contradição principalmente por este ser logo após o fracassado COP15. Quero falar sobre o Natal Cristão e para ser mais preciso sobre Jesus.

Não, não vou dizer para você aceitar Jesus, fique tranquilo, quero apenas levantar alguns fatos sobre Jesus. Vou fazer um post bem elaborado pois o assunto por vezes pode ser chocante e levado a outras conclusões.

Vou partir do ponto de visão do Malcolm X no vídeo a seguir e aumentar o número de argumentos dele. Malcolm X foi um revolucionário negro que viveu na mesma época que Martin Luther King, época de luta por igualdades raciais por lá. Esse trecho é parte do filme "Malcolm X" de 1982, dirigido por Spike Lee e com atuação do papel principal de Denzel Washington.




Malcolm coloca alguns argumentos onde discute a imagem que temos de Jesus nos quadros de hoje. Pois se pesquisarmos a história, veremos que no local que supostamente Jesus nasceu, os hebreus tinham a pele escura, e Jesus está retratado como um homem branco. Se Jesus realmente existiu, ele não está retratado corretamente.
E a cor dele é somente 1 dos diversos fatos que levam a conclusão de que foram feitas adaptações no ensinamentos de Jesus.

Antes de falar sobre o Natal de hoje, temos que entender as crenças existentes antes da época de Jesus. Segue um pequeno vídeo, parte do filme Zeitgeist.




Basicamente as crenças antigas eram baseadas na adoração ao deus Sol, devido a sua contribuição para a vida na Terra, fornecendo calor e suas vantagens na agricultura, etc. Mostra que as religiões usavam das funcionalidades do sol e dos astros, transformavam em personagens e criavam ritos e costumes de acordo com a época do ano. Em seguida o vídeo cita algumas religiões pré-cristãs que eram baseados nesses costumes e já começa a mostrar similaridades com o cristianismo.

Agora para começar as explicações sobre o natal segue mais um vídeo que centraliza nas questões relacionadas com Jesus, veja:



Estrela no Oriente: Uma estrela no leste serviu aos reis magos para ver onde o Messias iria nascer. Esta estrela é Sirius, a estrela mais brilhante no céu em 24 de dezembro.

Três Reis Magos: Nesta noite, a estrela de Sirius alinha com as 3 estrelas mais brilhantes no cinturão de Orion. Essas estrelas são vistas até hoje, e conhecidas no Brasil como 3 Marias. Nos EUA, por exemplo, essas estrelas recebem o nome de "Three Kings" (ou 3 Reis).

Nascimento em 25 de dezembro: O alinhamento dos 3 reis com Sirius, apontam para o local onde nasce o sol no dia 25, dando uma visão mais lógica sobre os presépios feitos nessa época, pois como bem sabe qualquer cristão que realmente estuda no que acredita, 25 de dezembro não tem nada haver com Jesus.
Outras coisa que acontece em dezembro, no hemisfério norte (Jesus viveu acima da linha do Equador), é o solstício de inverno.

Solstício de inverno: É quando o sol atravessa o céu, pelo lugar mais baixo, depois de 6 meses descendo a cada dia. Isso acontece no dia 22 de dezembro e durante 3 dias fica no mesmo local. No dia 25 ele então volta a subir, 1 grau, representando o nascimento de um novo período. Esta parte também tem ligação com a pascoa e a crucificação, mas isso será tratado em outro texto, próximo a esta data.

CONCLUSÃO: O Natal não tem nenhuma ligação com o nascimento de Jesus. É um costume pré-cristão e até pré-judaico, que apenas mostra através de símbolos um dos períodos importantes do percurso do sol, visto da Terra. Esses costumes foram adicionados ao cristianismo pela Igreja Católica Romana, e unificadas no concílio de Nicea em 325d.C quando eliminou a Igreja Apostólica, resultando a Igreja Católica Apostólica Romana, também conhecida pela sigla ICAR. Além disso, há um versículo (que não lembro agora, mas quando achar posto aqui) na bíblia que deixa a entender que realmente existiu os reis magos, o que também prova que além de adaptar costumes, a ICAR alterou a bíblia para legitimar suas adaptações. Quem questionou as imposições da ICAR foi perseguido pela Inquisição e os outros livros foram queimados por serem considerados "hereges".

P.S.: Este assunto tem ainda muito caminho pela frente.

13 de dezembro de 2009

Instalação do Ubuntu Linux


Há muito tempo se houve falar de Linux mas sempre se teve a idéia de que é complicado, baseado em texto e difícil de usar. De fato ele realmente era assim. Era, pois não é mais. Há mais de dois anos eu uso o UBUNTU Linux e apesar de não suprir a necessidade de todos os usuários de Window$, certamente serve para a maioria das pessoas comuns, inclusive para aquelas que tem algumas dificuldades no sistema operacional da Micro$oft.

Pelo uso que tenho com o Ubuntu, vou dar ênfase nas vantagens que tenho verificado.

A maior vantagem é certamente ele ser livre. Não tem custo de licença, é atualizado gratuitamente conforme vão avançandos os projetos, a cada 6 meses tem uma nova versão, não precisamos comprar versões piratas nem procurar por "cracks" na internet que geralmente nos traz vírus e spywares.

Além disso, qualquer dificuldade que você tiver em qualquer aplicação com o linux, existem milhares de blogs e pessoas na internet dispostas a ajudar e compartilhar conhecimento.

A maioria dos programas extras já vem instalado, como visualizador de PDF, OpenOffice (similar ao Word, Excel e Power Point), gravador de CD, programa para baixar Torrent, leitor de e-mail similar ao Outlook, reprodutor de vídeos e música e aplicativo de mensageiro eletrônico que acessa ao mesmo tempo MSN, GTalk, ICQ e diversos outros programas de bate-papo, e o melhor de tudo é que acessa várias contas ao mesmo tempo sem malabarismos.

É lógico que esses programas não são suficientes, e é por isso que o Ubuntu possui uma Central de Programas, onde se encontra diversos programas grátis para as mais diversas necessidades dos usuários. Sem precisar vasculhar sites, nem procurar crack ou serial, a apenas alguns cliques de distância.

Sou adepto do linux pois acredito que o conhecimento da humanidade deve ser compartilhado e usado em prol da evolução humana, e não ser privado em prol do lucro imediato e consequente atraso da evolução por limitações econômicas. Incito aos que tem pensamento parecido e que acreditam na liberdade e em um mundo pensado no bem comum, que aos poucos passe a utilizar e conhecer o mundo Linux, para um dia se libertar da Propriedade Intelectual.

Como é difícil para o ser humano a mudança imediata e brusca, aconselho a seguir o seguinte tutorial para manter em seu computador os dois sistema operacionais, Windows e Ubuntu, no mesmo PC. Assim fica mais fácil comparar os sistemas, e usar o melhor em cada aplicação que você precisar.


Após seguir os passos desse tutorial, sugiro seguir os passos desse outro tutorial que vai fazer rodar todos os tipos de vídeo e áudio disponíveis na internet. Pode (e deve) ser feito logo a seguir a instalação do Ubuntu. A medida em que os meses passam, pode ser que algum dos pacotes não estejam mais disponíveis. Isso significa que algum dos outros pacotes já suprem o pacote tirado de circulação.


Agora você está pronto para utilizar o Ubuntu Linux diariamente. No próximo texto sobre Linux vou ensinar algumas dicas de editar vídeos de forma simples e rápida, utilizando programas livres.

11 de dezembro de 2009

Crack - Um grave problema Social


Recentemente tenho visto bastante propaganda de uma campanha lançada pela RBS TV contra o crack. A propaganda principal é a de um professor universitário que em tom de drama fala das desgraças que o crack causa e de como identificar o usuário desta droga na escola.

Ele começa a faltar as aulas


é a frase final da propaganda.

Eu acho que a campanha está atacando o alvo certo, que é o crack. Quem teve amigos sequestrados pelo crack tem completa noção do tamanho da dependência que causa essa droga, não só pela velocidade com que vicia, pois na segunda dose já se é refém quimicamente, como no abismo que a droga leva o indivíduo. Após alguns anos de dependência, o usuário já tem completa noção do buraco que se encontra.

Posso citar meus exemplos de infância. Morei no Espinheiros e parte dos amigos do bairro caíram e estão até hoje na droga. Sempre que converso com um deles, nota-se o desespero já na fala e pelo que contam. Todos tem completa noção de que não estão bem, que precisam de tratamento e querem de qualquer forma sair desta vida.
Mas também posso pegar fatos recentes, como o usuário que subiu em uma antena, no Rio Grande do Sul, para implorar que não o deixassem sair da internação pois ele sabia que se voltasse para as ruas, voltaria a consumir a droga.
Em caso mais recente, "Jovem pede para ser acorrentado para evitar consumo de crack", conforme notícia publicada pelo portal Terra AQUI.

Até a campanha da RBS TV ir ao ar, apenas dois grupos se preocupam com os usuários de crack.
1. Os grupos de rap que em suas letras, alertam sobre os perigos do crack, já que muitos viram seus amigos se perderem nessa.
2. As igrejas que mantém casas de recuperação para tratar, normalmente com bons resultados, dos que conseguem este tipo de tratamento.

Já a campanha da RBS TV ao meu ver está totalmente deslocada da realidade.
Dificilmente um usuário de crack consegue chegar a fazer um curso pré-vestibular. Poucos sequer terminam o 1º grau. Ou o crack já está atingindo a classe média e a RBS só se preocupa com este público, ou ela não compreende o mundo que essas pessoas vivem.

De qualquer forma, o fato é que os viciados no crack estão desesperados para sair deste abismo e as mãos para ajudar a puxá-los de lá ainda são insuficientes. E o desespero não para de aumentar.

Há duas coisas a serem feitas:

1. Tratar os dependentes: Há que se ter uma outra visão, pois a própria polícia sabe da ineficácia de prender usuários de crack. É uma questão de saúde pública.
Na semana que se passou, fiz uma confraternização com amigos que estudaram comigo no 2° grau e tivemos a visita de um rapaz que frequenta(va) os eventos de rap na cidade e me reconheceu, onde comeu uns pedaços de pizza e tomou meio refrigerante (a outra metade ele deixou no copo e levou a lata), mas o que ele queria mesmo eram 2 reais. A primeira desculpa era para comprar cachorro quente (mesmo após ter comido pizza), onde conseguiu, sumiu e voltou depois de uma hora com a desculpa para conseguir mais 2 reais: "não consigo dormir sem um baseadinho". Como não conseguiu os 2 reais, saiu do local. Quando nós saímos, um tempo depois, ele estava em um ponto de ônibus (1:30 da madrugada) fumando na lata. Ele não estava só, tinha cerca de 5 pessoas próximas a ele, e mais de 10 nas redondezas, todas usuários de crack. Muitos, assim como ele, provavelmente moram na rua e suas vidas estão reduzidas ao vício. Prender, bater, não vai adiantar, eles já estão acostumados a isso, já perderam a noção da realidade, do certo e errado, do que é verdade e do que é mentira. Precisam de um tratamento na certa.


2. Evitar novos usuários: Aqui está a maior oportunidade para reduzir esse grave problema social que afeta todos os centros urbanos no Brasil (no exterior o problema maior é a heroína). Para entender como evitar novos usuários, é preciso entender como os usuários chegam até a droga.
O primeiro passo que um usuário dá, é tirar a barreira de que a droga é ruim. Esse passo é principalmente dado quando experimenta a maconha. De fato a maconha não é uma droga tão ruim como é apresentada, onde o vício é possível ser controlado, seu custo não é alto, e as doses duram aproximadamente 2 horas. Tirando os preconceitos tradicionais, a maconha atinge principalmente a memória de curta duração e não leva os usuários a corridas pela droga durante toda a noite. Quando um usuário, que tinha a impressão de que drogas matam, etc etc e ao provar
a maconha, toda a mística começa a cair por terra. O usuário não fica violento, normalmente nao precisa roubar e tem seu prazer encontrado.
Mas, a maconha não é algo tão lucrativo quanto aparenta. Apesar de ter um grande número de adeptos, o uso não é tão intenso visto que seus efeitos duram por mais tempo, o que faz os traficantes buscarem outros produtos para "diversificar" seu mercado. É onde entra a cocaína e principalmente o crack. (Não vou comentar sobre a cocaína, mas a escolha nas periferias pelo crack é pelo seu preço por dose e efeito muito alto e rápido). Nas entre safras e nas apreensões policias, normalmente falta maconha nos traficantes. As vezes também o traficante diz não ter para vender os outros produtos e conseguir novos "clientes". (gosto de usar os termos capitalistas pois a droga segue as leis de mercado e do capitalismo muito mais visíveis que outros produtos, já que não pagam impostos). É nesse momento que surge a oportunidade aos traficantes de oferecer um produto mais lucrativo para eles, não importando o prejuízo social causado, assim como acontece em muitos produtos capitalistas. Aliás, o crack é uma invenção dos EUA, que é retratada no filme "Get Rich or die trying" (Fique rico ou morra tentando) onde o próprio nome já sugere muita coisa.

Em resumo: Manter a maconha proibida e tratá-la como droga como se fosse uma droga química, ao invés de tratá-la como o alcool, quebra a desconfiança sobre todas as drogas, tira a credibilidade das campanhas anti-drogas e deixa os usuários livres e abertos para o marketing dos traficantes a criação de novos viciados em crack e cocaína.

3 de dezembro de 2009

Competência Administrativa no Transporte Coletivo

Sou totalmente contra a privatização de setores públicos. Os idealizadores das privatizações afirmam que o deus Mercado vai trazer melhores serviços, mais qualidade, entre outros.

Mas, há algumas questões que precisam ser analizadas que rebatem essa postura.
A primeira questão é que uma empresa privada tem como objetivo principal o lucro. Não que isso seja algo errado, não, isto é algo normal deste setor e é por isto que ele existe então eles nunca estarão descolados.

Já um serviço público tem como objetivo principal atender necessidades específicas (demandas) de uma sociedade.

Vou usar como base de exemplo o sistema de Transporte Coletivo de Joinville.



Ao olhar o sistema sob o ponto de vista de administração de empresas, ou seja, receita versos despesas, produtividade e lucro, constatamos que enquanto o número de usuários do sistema vai baixando gradativamente, aumenta-se a tarifa para compensar a fuga de receita. Dessa forma, independente do número de usuários, é possível sempre manter um lucro específico. Caso haja um aumento pequeno da procura, têm-se maior lucro e em meio a isso está a produtividade, onde nos livros de administração atuais ensinam claramente: reduzir custos, aumentar produtividade para ter mais lucro. Entre as reduções de custos no sistema de transporte, podemos citar a diminuição de linhas que transportam poucas pessoas, acarretando em mais espera para quem usa o sistema. Aos poucos já começam a aparecer as contradições entre os interesses da empresa (lucro) e o interesse dos usuários (mobilidade urbana).

Agora, se olharmos o sistema de transporte coletivo do ponto de vista "serviço para atender as demandas da sociedade" está mais do que claro que este sistema é sinônimo de extrema incompetência. Vamos aos fatos.

1. Diminuição do número de usuários: apesar de parecer uma evolução economica as pessoas deixarem de utilizar o sistema de transporte coletivo, resulta em mais motos (mais acidentes de transito), mais carros (aumento de congestionamento), além de que dados comprovam que a maioria das pessoas que saem do sistema coletivo migram para ir ao trabalho a pé ou de bicicleta, e tira as opções de lazer distantes de suas residências.

2. Aumento do custo para usuários: assim como uma empresa precisa reduzir seus custos, as famílias também precisam fazer o mesmo na economia familiar e a primeira coisa a cortar são os supérfluos. Andar de transporte coletivo fica resumido as questões mais essenciais e básicas.

Cada família sabe quanto pode usar por mês com transporte. É praticamente um valor fixo que conforme aumenta o valor da passagem, logicamente baixa o número de viagens disponíveis.

3. Limita acesso a cultura e educação: Vejo constantemente políticos e jornalistas defenderem que a educação é a salvação para o Brasil e para o futuro do país. Certamente não basta uma simples escola técnica para servir de mão de obra, mas acesso a cultura, que parte de ter acesso a cinema e teatro (que em Joinville existem opções gratuitas), eventos musicais, museus e culturas locais. Em Florianópolis, cidade com mais de 20 praias, é comum nos bairros pobres crianças que jamais foram a uma praia.
Não é atoa que o Movimento Passe Livre (MPL) elegeu como símbolo da exclusão social a catraca do transporte coletivo.

Conclusão:
O sistema atual de transporte coletivo não serve aos interesses da população por ser exclusivo (exclui usuários do sistema) promovendo o transporte individual e causando o caos, que só tende a piorar.
Então é preciso urgentemente inventar um novo modelo de transporte coletivo para atender os interesses da sociedade, onde a mobilidade e não o lucro sejam prioridade e é sobre isto que falarei no próximo artigo.